azul de (a)mar

tem dia que a gente acorda azul.

 

com vontade de ouvir música lenta pra tentar acalmar a alma,

 

o sorriso que foge da gente porque quando a alma fica azul é porque a gente conseguiu entender várias coisas da vida.

 

e é claro que isso deixa triste,

 

depois disso inventamos de chamar as coisas de amor e queremos sentir que somos únicos e especiais.

 

pois saiba, meu amor, que não sou tua muito menos amo.

 

nos iludimos do contrário pra preencher um pouco todo esse void que carregamos,

 

mas na verdade tem tanta coisa por aí que a gente inventa nome bonito pra no fundo sermos apenas existência igual uma grama.

 

o sorriso é um treco que vem das coisas que não sabemos explicar,

 

tipo piada, o humor surge da quebra de sentido e lógica das coisas e quando a gente não sabe, só pode é rir pra disfarçar.

 

outra coisa que não explica mas dá nome é sentimento,

 

aquele quando se olha prum alguém e se sente tanta coisa a percorrer nas veias que já não se sabe mais o que é aquilo e daí é só

rir

nova(mente).

 

sorrisos são azuis.

 

E nessas horas em que o universo do Dentro vira mar em tempestade, não resta nada a fazer além de aprender a nadar.

 

nessa vida de loucos a gente tem que saber ser sereia:

 

se

ser,

serei

      ar.

e rir

(a esta morna rebeldia).

 

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